quarta-feira, 13 de abril de 2016

Mudar é preciso! E agora?


“Sempre deu certo assim, pra que mudar?” “Em time que está ganhando, não se mexe.”  “É ..., sei que preciso mudar, mas é tão difícil!” “Acho tão complicado fazer mudanças na minha equipe, eles não querem mudar!”

Como consultor para desenvolvimento de pessoas nas organizações, contribuindo para revitalizar processos e a própria gestão, e portanto, também o gerenciamento das pessoas e a forma como lidam com as constantes mudanças em seu dia-a-dia, muitas vezes ouço os argumentos acima, que traduzem a resistência frente às mudanças que a vida traz. Seja no trabalho (novos colegas), em casa (um filho que está chegando), sozinho (um regime) ou em grupo (desenvolvendo novos procedimentos), a maior certeza é que a mudança estará sempre presente, pois ela é movimento, é vida.

O rio corre e sua água se renova sempre, e mesmo seu trajeto vai se modificando ao longo do tempo. Você quer se agarrar a uma pedra e deixar a correnteza passar ou navegar vivendo uma aventura a cada curva do rio?

Por que a resistência para mudar?
Não se trata somente de acomodação, mas de abrir mão do jeito como as coisas funcionam agora. O jeito atual me traz vantagens, benefícios que quero manter. No mínimo porque tenho a situação sob meu controle e não gosto de arriscar me sentir impotente com uma nova situação. Mas, e as vantagens após a mudança? Ainda assim preciso aprender a abrir mão dos benefícios atuais, dos ganhos que usufruo com o ‘jeito de agora’, de correr o risco de trocar o certo (jeito atual, às vezes não satisfatório mas garantido) pelo incerto, o novo.

Quando realmente nos dispomos a mudar?
Quando enxergamos alguma vantagem na mudança, quando vemos o futuro com evolução. Então aceitamos perder a forma atual em troca de um novo jeito, aceitamos correr o risco. Está aí a importância de uma visão de futuro altamente compartilhada na organização ou mesmo no setor, para que todos entrem no barco da mudança e decidam correr o risco de navegar em novas águas.

Onde começa a verdadeira mudança ?
Começa no processo individual de autoconhecimento. Ao descobrir qual a minha crença em relação às mudanças, quanto acredito que são perigosas para mim. Ao reconhecer como reajo em relação às mudanças que ocorrem em minha vida, posso identificar e aceitar o que me traz medo para mudar. E também poderei reconhecer o que me traz coragem, o que me impulsiona a viver as mudanças com suas incertezas. É nesse ponto que poderemos fazer a escolha consciente de mudar, decidindo o que e como queremos mudar. É aí que a mudança se transforma em vida com aventura, com o leme do barco em nossas mãos.

Martin Mayer

Nenhum comentário:

Postar um comentário